quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Suspensão Dianteira e sua importância


Uma coisa básica e fundamental quando se aprende a andar de moto é manter o pneu dianteiro sempre no chão, mas isso seria quase que impossível se não existisse a suspensão dianteira. Isso porque diferentemente  das bicicletas mais simples, em uma motocicleta a aceleração gerada pela roda traseira faria com que a frente da moto, devido o deslocamento de massas, ficasse bem mais leve o que poderia causar a perda de contato do pneu dianteiro, isso é evitado devido a ação da suspensão dianteira, que tenta fazer com que o contato da borracha com o solo seja feita a maior parte do tempo.


Pelo que se sabe a primeira moto a montar uma suspensão dianteira teria sido a inglesa Scott, de 1908. A importância da suspensão dianteira é tão grande que durante décadas várias motocicletas, principalmente modelos Custom, saíram de fábrica apenas com amortecimento dianteiro, era a geração das motos "rabo duro" e atualmente são muito utilizadas pelos customizadores, principalmente nos modelos Chopper. 

Muito mais do que manter o controle da frente da moto, as suspensões dianteiras tem a função de copiar e absorver os impactos do solo, evitando que cheguem aos braços do piloto. Também devem ser flexíveis o suficiente para não fechar em caso de frenagem de emergência.




Existem muitos sistemas diferentes de suspensão dianteira, muitos deles exclusivos de determinadas marcas, como por exemplo: as Vespa e alguns outros ciclomotores ainda mantêm o sistema articulado em tesoura; a BMW mantém firmes suas Telelever e Duolever com balanças de inspiração automobilística; e, finalmente, a Bimota ainda produz em pequena escala sua genial Tesi, com balança dianteira monobraço que funciona aplicando o conceito de paralelogramo deformável e uma caixa de direção derivada da usada em automóveis. O paralelogramo deformável também foi a base da forquilha Springer, que a Harley-Davidson ainda aplica em algumas séries especiais.

Todos esses sistema funcionam perfeitamente, mas quando se fala em termos de custo/benefício, além da praticidade de montagem e regulagem, o vencedor com larga vantagem é sem dúvida alguma o tradicional conjunto telescópico, que equipa as motocicletas da maioria das pessoas. Esse conjunto é formado de garfo convencional é composto de duas bengalas fixadas a duas mesas planas superpostas que funcionam lateralmente como dobradiças, permitindo o esterçamento. Elas ligam o conjunto de amortecimento frontal ao chassi da moto, através do canote (o eixo dessa dobradiça). Essas mesas, a superior e a inferior, têm três furos, um para cada bengala e um central para o canote. As bengalas são conjuntos cilíndricos de mola (interna) e amortecedor hidráulico. São em geral formadas por um êmbolo de aço e um cartucho de liga leve de alumínio, chamado canela.

Uma evolução para uma maior eficiência da suspensão de garfo convencional é a suspensão invertida ou upside down. Essa nova configuração de suspensão foi observada e herdada das motos de competição. Essa evolução gera uma maior rigidez estrutural para o conjunto, o que garantirá uma maior estabilidade para a motocicleta.


Fonte: QR Moto

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